Em meio a tantos sistemas e tipos de impermeabilização disponíveis no mercado, é muito comum que engenheiros e arquitetos fiquem um pouco confusos na hora de escolher a melhor opção. Afinal, esse é um assunto muito específico — e é preciso adquirir bastante experiência para dominá-lo.
A impermeabilização é uma parte essencial no projeto, sendo regulada por diversas NBR. Para ajudá-lo, fiz um post completo para você, mostrando os principais sistemas e tipos de impermeabilizantes. Acompanhe!
Quais São Os 2 Principais Tipos de Impermeabilização?
De forma geral, há dois tipos impermeabilização no mercado: a rígida e a flexível. O uso vai depender exclusivamente das características das estruturas e dos materiais em que serão aplicadas. Ou seja, não se trata de uma escolha propriamente dita: se uma determinada superfície exige a flexível, somente ela poderá ser utilizada.
Por esse motivo, uma das etapas mais importantes da elaboração de um projeto é elencar os requisitos de cada parte em relação ao tipo de impermeabilização.
1. Impermeabilização Rígida
Ela é indicada nas estruturas que não são submetidas a grandes movimentações. Além disso, não podem estar expostas ao estresse mecânico, que pode ser causado por vibrações intensas ou impactos constantes.
Geralmente, ela é feita com a aplicação de aditivos químicos nas argamassas ou sob a forma de membranas acrílicas rígidas. Por esse motivo, para garantir uma impermeabilização completa, deve ser planejada levando em consideração os agregados e outras estratégias de vedação de uma estrutura.
Esse cuidado é importante para evitar as falhas na impermeabilização em superfícies que estão sujeitas a fissuras e trincas. Então, é recomendada para baldrames e rodapés de parede.
2. Impermeabilização Flexível
Já o tipo flexível é voltado para as superfícies que estão sujeitas a dilatações e vibrações. Os impermeabilizantes utilizados aqui apresentam propriedades mais elásticas. Portanto, podem se conformar à estrutura durante a movimentação e, assim, cobrir fissuras e trincas. Ou seja, é a opção mais utilizada nas áreas externas dos edifícios, especialmente nas regiões muito expostas ao sol.
É excelente para as áreas internas e pode ser aplicada nas lajes e nas varandas. Para uso comercial e industrial, é muito indicada para reservatórios suspensos e tanques. Além do uso mais comum que é em piscinas.
Há dois tipos principais de impermeabilização flexível:
as membranas, que são moldadas no local por meio de processos sob calor ou frio (emulsões);
as mantas, pré-fabricadas.
Além disso, é importante lembrar que, para aumentar a eficiência da impermeabilização, podem ser aplicadas várias camadas sobrepostas de diferentes materiais.
Impermeabilização Semi-Flexível
Nos últimos anos, foi desenvolvido um novo tipo de impermeabilização: a semi-flexível. Por essa razão, ele ainda não foi incluído nas normas técnicas brasileiras. Então, é preciso ter bastante cuidado ao utilizá-lo, descrevendo-o adequadamente durante o projeto básico e o projeto executivo.
Basicamente, ele consiste em um material bicomponente (argamassa polimérica), um pó adicionado a um líquido. Quando misturados, eles formam uma argamassa de fácil aplicação.
Apesar de apresentar características intermediárias entre o rígido e o flexível, são contraindicados em superfícies sujeitas à dilatação térmica.
Além disso, apresentam uma baixa resistência mecânica, o que não permite o seu uso em superfícies sujeitas à tração e ao atrito, com tráfego de pessoas e equipamentos.
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Quais São Os 6 Principais Sistemas de Impermeabilização?
1. Membrana de Poliuretano
Esse sistema é aplicado no local a frio. Entre suas principais vantagens, estão:
alongamento mínimo;
alta resistência mecânica — em alguns casos, pode, até mesmo, dispensar a proteção contra riscos;
alta resistência térmica, mantendo suas propriedades na faixa de temperatura entre -5°C a 90°C;
alta resistência química, o que previne a deterioração por diversos tipos de fluidos e vapores;
As membranas acrílicas podem ser aplicadas a frio no local da construção e, na forma de emulsão, podem ser acrescentadas às argamassas como aditivo. Desse modo, compatibilizam-se perfeitamente tanto com a impermeabilização flexível quanto a semi-flexível. Elas podem atender a todas as suas demandas de revestimento impermeabilizante, de pressões hidrostáticas positivas.
3. Emulsão Asfáltica
Esse sistema também pode ser aplicado a frio, como se fosse uma pintura. Várias camadas podem ser feitas para melhorar a eficiência da impermeabilização. Além disso, conta com:
elevada aderência;
alto poder de cobertura;
secagem rápida.
Tudo isso trará muita versatilidade para qualquer desafio da sua obra.
4. Manta Asfáltica
As mantas asfálticas são materiais pré-fabricados, feitos sob medida para a sua obra. Sua aplicação deve ser feita sob calor para garantir uma aderência total às superfícies. São extremamente práticas e rápidas de aplicar. Um dos seus grandes diferenciais é a enorme elasticidade, sendo uma das opções para as impermeabilizações flexíveis.
No entanto, devido ao surgimento de tecnologias de aplicação a frio, as mantas não estão sendo mais utilizadas como antes. Com isso, perderam sua liderança, pois, há alguns anos, eram os impermeabilizantes mais populares do mercado.
5. Argamassa Polimérica
A argamassa polimérica é constituída de cimento, agregados minerais e aditivos poliméricos acrílicos. Como explicamos, é um sistema bicomponente e deve ser misturado, proporcionalmente, conforme a indicação do fabricante. Quando seco, torna-se um excelente impermeabilizante semi-flexível, flexível ou rígido.
Sua aplicação é feita a frio com o uso de rolos e telas de poliéster, para estruturação. O executante deve tomar bastante cuidado em relação aos prazos de cura na hora de executar cada demão. Como apresenta baixa resistência mecânica superficial, recomenda-se o uso de um revestimento de proteção, em caso de tráfego.
6. Hidrofugantes
Os hidrofugantes são produtos que podem ser aplicados no gesso, nas argamassas e no concreto. Sua ação impermeabilizante é bastante interessante: eles apresentam uma tensão superficial da estrutura, então, quando entram em contato com a estrutura, escoam rapidamente. Por essa razão, também são chamados de hidrorrepelentes.
Eles se diferenciam da maioria dos impermeabilizantes, pois, além de evitar a entrada da água nas estruturas, também impedem a sua adesão, deixando a superfície completamente seca. Portanto, são ideais para os locais que devem ficar sempre secos.
Contudo, esse é um sistema de impermeabilização rígida, e não pode ser utilizado nos locais sujeitos a grande dilatação térmica ou estresse mecânico por vibrações.
Uma grande vantagem do material é o baixo custo, permitindo o seu uso em obras de diferentes orçamentos. É comumente aplicados em concretos aparentes, tijolos aparentes e em fachadas prediais com texturas ou revestimentos cerâmicos.
Como vimos, a escolha certa dos sistemas e dos tipos de impermeabilizantes é essencial para o sucesso do seu projeto. Por isso, é tão importante contar com uma ajuda especializada no assunto. Além disso, escolher os produtos das melhores marcas será essencial para que você não tenha nenhum problema no futuro.
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