Com aparência muito semelhante, muita gente acha que há apenas um tipo de infiltração. No entanto, isso não é verdade, e a diferenciação tem um impacto nas estratégias de prevenção e correção.
Podemos dividir tais formas em quatro grupos: a infiltração, a condensação, a infiltração por capilaridade e a por intempéries. Elas podem aparecer em diversas estruturas da obra, como as lajes, os telhados e as janelas, e causam manifestações patológicas estruturais importantes — como mofo, fissuras, eflorescência e corrosão de estruturas metálicas.
Dessa forma, é imprescindível tomar medidas preventivas adequadas e extensas. Quer saber quais? Continue a leitura e confira!
Quais os tipos de infiltração nas paredes?
No dia a dia, utilizamos o termo "infiltração" para denominar todos os tipos de umidade. Porém, há diferenças relevantes entre elas, com implicações práticas. Veja!
1. Infiltração por Pressão Negativa
Esse tipo de umidade, por pressão negativa, é comum nas construções residenciais brasileiras, uma vez que é muito comum falhas de impermeabilização durante o processo construtivo. Esse tipo de infiltração também é muito comum em obras de prédios.
Nesse caso, a água do solo molhado penetra diretamente pelas paredes. Por isso, é muito comum em áreas localizadas abaixo do lençol freático ou expostas às chuvas constantes.
A impermeabilização por pressão negativa pode ser feita tanto com barreiras físicas, como as mantas , quanto com membranas.
2. Infiltração por intempéries
Na verdade, a maioria das infiltrações são, tecnicamente, uma forma de umidade por intempéries, que ocorre pela ação direta da chuva nos telhados, nas paredes e nas fachadas. Caso a água encontre alguma brecha na vedação, ela vai se acumular na infraestrutura e, gradualmente, formar uma infiltração.
Para evitá-la, diversas medidas devem ser tomadas, como:
- instalação de calhas;
- cálculo da inclinação correta do telhado;
- manutenção das telhas; e
- uso de hidrofugantes nas fachadas.
3. Infiltração por condensação
Ocorre quando as partículas de vapor entram em contato com uma superfície fria e voltam para o estado líquido, sendo mais frequente em locais úmidos e que emitem vapor — como salas de caldeiras, casas com calefação e banheiros.
Esse tipo de infiltração é preocupante, pois apresenta uma maior penetração nos poros dos gessos e em outros materiais de revestimento. Assim, favorecem a formação de mofo.
Devido às suas características, deve ser combatida com medidas de melhoria da ventilação, permitindo que o vapor seja eliminado rapidamente do ambiente. Para isso, podem ser instalados exaustores e janelas, quando não forem possíveis nas construções.
Outra medida imprescindível é a utilização de coberturas impermeáveis, como o gesso com hidrofugante e as argamassas poliméricas. Esses materiais aumentam a tensão superficial e impedem que a água acumule.
4. Infiltração ascendente por capilaridade
Esse tipo de infiltração é provocada pela impermeabilização inadequada dos materiais utilizados no piso e no alicerce. Dessa forma, a umidade presente no solo é capaz de entrar nos poros das argamassas e do concreto, infiltrando-se progressivamente por meio da capilaridade dos materiais.
Com o tempo, esses materiais sofrem uma dilatação significativa, e os efeitos vão ficando mais aparentes com a quebra e o descolamento dos revestimentos. Outro sinal bastante comum é a formação de eflorescências no terço inferior das paredes.
Por esse motivo, a melhor ação para evitar essa umidade é a impermeabilização desses locais com impermeabilizantes para pressão negativa, como o Blok STP, além disso, o uso de aditivos do tipo impermeabilizante rígido no concreto e na argamassa podem ajudar a reduzir a absorção por capilaridade dos materiais.
Caso o problema não seja corrigido, ele pode se agravar, pois a umidade que vem do chão evapora para o ambiente e favorece também a condensação, além de penetrar na estrutura das paredes e causar manifestações patológicas graves.
Quais são os locais sujeitos à infiltração em uma construção?
Agora, vamos falar sobre as regiões que estão mais sujeitas à umidade em uma construção. As medidas de prevenção devem levar em conta as características de cada uma delas. Confira!
Janelas
Essas áreas acumulam muita umidade, pois a água escoada pelas paredes tem a velocidade reduzida ao entrar em contato com as armaduras. Assim, há maior chance de penetração por eventuais brechas sem vedação adequada.
Para prevenir esse problema, o colante utilizado para fixar as peças deve ser impermeável e preencher todo o vão entre a janela e a parede com selante adequado para a aplicação.
Telhados
Os telhados são regiões que favorecem o surgimento de infiltrações, pois apresentam um plano horizontal significativo e entram em contato direto com intempéries. Por isso, precisam de diversas medidas para evitar a umidade, como:
- instalação de impermeabilizantes flexíveis, quando o material das telhas não for totalmente à prova de água ou favorecer brechas entre as peças;
- cálculo adequado da inclinação do telhado, para permitir um escoamento adequado da água;
- instalação e manutenção de calhas adequadas para o volume de água.
Lajes
As lajes podem ser cobertas ou descobertas, influenciando nas estratégias de prevenção a serem utilizadas. No primeiro caso, elas recebem parte do volume da água que os telhados não conseguem vedar. Esse líquido pode acumular e demorar muito para evaporar, visto que a cobertura da laje a protege da ação do sol e favorece a condensação.
Dessa forma, as lajes ficam expostas a uma lâmina de água constante com alta capacidade de penetração. Assim, é preciso utilizar um impermeabilizante flexível, de alto desempenho, para evitar esse tipo de ocorrência. Além disso, deve-se instalar canos para dar vazão ao líquido acumulado e realizar a manutenção constante das telhas.
No caso das lajes expostas, em que o sol contribui para evaporar a água, a impermeabilização flexível ainda é muito importante, assim como um sistema de escoamento. As normas técnicas recomendam a medida sempre que houver a formação de lâminas por mais de 30 minutos.
Quais são as manifestações patológicas causadas pela umidade?
Cuidar da infiltração nas estruturas é muito importante, pois elas causam manifestações patológicas estruturais e estéticas negativas para as construções, como:
- mofo — acúmulo de fungos nas paredes, que liberam esporos e podem causar alergias graves nos moradores ou usuários;
- fissuras — pequenas fendas, frequentemente não visíveis, que favorecem a entrada de ainda mais umidade;
- trincas — rupturas maiores e que podem expor estruturas de sustentação, causando um risco importante para a construção; e
- corrosão das estruturas metálicas — são essas estruturas que dão a sustentação às construções. Caso sejam danificadas, podem comprometer a segurança dos indivíduos.
Com essas dicas de combate a todos os tipos de infiltração, é possível trazer muito mais segurança para a sua construção. Essas medidas são imprescindíveis para se adequar a todas as normas técnicas brasileiras e trazer muito mais satisfação aos seus clientes.
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